O secretário de Saúde de Serra Talhada, Luiz Aureliano, culpou o Governo do Estado pelo atraso nas obras do Samu na Capital do Xaxado. Falando a uma emissora de rádio local, ele disse que a população está mirando injustamente as críticas pela demora na inauguração do prédio apenas no prefeito Luciano Duque e na Secretaria Municipal de Saúde, que, segundo Aureliano, estão em dia com as obrigações que concernem ao município. Um dos impasses citados pelo secretário é com relação à pavimentação que vai ligar a sede do Samu à BR-232.

“Existe uma estrada entre o prédio e a BR-232, de cerca de 300 metros, que precisa ser terraplanada e asfaltada. E o estado ficou com essa obrigação. O secretário Estadual de Saúde, Antonio Figueira, teve aqui com a gente e acertamos essa data para inaugurar em 24 de janeiro. Ele (Figueira) queria botar essa inauguração para dezembro, o que achamos muito em cima. Então ele ligou para Isaltino (Nascimento), que na época estava à frente da Secretaria de Transportes, sobre a questão da estrada e até hoje essa obra não começou”, cutucou Aureliano, lamentando:

“Os secretários Isaltino e Figueira se comprometeram a fazer essa estrada. O funcionamento do Samu está travado também por conta disso, mas a prefeitura está fazendo a terraplanagem. O problema é que termina ficando todo o desgaste em cima do prefeito e secretário municipal de saúde, com a população cobrando da gente”.

Luiz Aureliano citou também que nem o Estado e nem a União colocaram mais recursos para a construção da sede do Samu na Capital do Xaxado, “pois as obras nunca saem no valor que são licitadas”. E afirmou que só a prefeitura estaria alocando verba adicional na obra. Em relação ao prazo de inauguração, será estendido para os próximos meses, já que ainda falta o Estado repassar as ambulâncias ao município, pagar parte da mobília do prédio e ainda a equipe realizar o treinamento.

“A informação que tenho é que as ambulâncias já estão em Recife, nas mãos do Estado: então falta o Estado nos entregar.  Com o Samu em Serra Talhada serão atendidas 33 cidades, então tem que botar dinheiro do Estado aqui, pois a gente (prefeitura) só tem responsabilidade com a população de Serra Talhada”, alfinetou Aureliano, reforçando a cobrança em cima do secretário estadual de Saúde:

“Para se ter uma ideia, os móveis do Samu: a gente fez uma licitação e comprou. Chegou para a gente pagar R$ 29 mil. Mas toda a mobília vai custar R$ 90 mil. Então, quem é que vai me dar o resto? Eu vou cobrar de Dr. Figueira isso”.