20130710124219_cv_dilma_gdeA presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou o pronunciamento, em cadeia nacional, na noite desta quarta-feira (30), em referência ao Dia do Trabalhador, para fazer uma ampla defesa do seu governo, justificar o reajuste da tarifa da energia elétrica, reafirmar o controle da inflação e reforçar sua posição em relação a Petrobras. As informações são do portal BR 247.

Numa fala com forte apelo aos trabalhadores – em vez de dirigir-se à população com ‘meus queridos brasileiros e brasileiras’ ou ‘meus amigos e minhas amigas’, diz ‘trabalhadores e trabalhadoras’ –, a presidente defendeu sua política de valorização do salário mínimo e atacou também a oposição.

Ela anunciou o envio de medida provisória ao Congresso que modifica a tabela do Imposto de Renda – nos últimos anos, a correção tem sido de 4,5%. ‘Assinei também um decreto que atualiza em 10% os valores do Bolsa Família recebidos por 36 milhões de brasileiros beneficiários do programa Brasil sem Miséria, assegurando que todos continuem acima da linha da extrema pobreza definida pela ONU’, disse Dilma.

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CONTRA-ATAQUE A AÉCIO

Alvo de embate com adversários, a política de valorização do salário mínimo, por sua vez, foi usada como arma para contra-atacá-los. Dilma respondeu veladamente a série de críticas disparadas sobretudo pelo pré-candidato Aécio Neves (PSDB-MG), seu principal adversário na corrida ao Planalto neste ano.

‘Algumas pessoas reclamam que o nosso salário mínimo tem crescido mais do que devia. Para eles, um salário mínimo melhor não significa mais bem estar para o trabalhador e sua família, dizem que a valorização do salário mínimo é um erro do governo e, por isso, defendem a adoção de medidas duras, sempre contra os trabalhadores’, disse.

NÃO OUVE CALADA

A presidente também condenou o que chamou de uso político da Petrobras – desta vez, por parte de seus adversários, que, outra vez, não citou nominalmente. ‘Não vou ouvir calada a campanha negativa dos que, para tirar proveito político, não hesitam em ferir a imagem dessa empresa que o trabalhador brasileiro construiu com tanta luta, suor e lágrimas.’

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‘O Brasil já passou por isso no passado e os brasileiros não aceitam mais a hipocrisia, a covardia ou a conivência’, afirmou.