“Acho que está havendo um grande equívoco do prefeito Luciano Duque. Suas razões são falhas. Como ele vai deixar de investir em saúde e educação se nossas emendas são também para estas áreas?”, questionou o vereador Márcio Oliveira (PTN), que aproveitou para apresentar números e rebater o discurso do prefeito Duque.
“Ora, fiz um levantamento e para o ano de 2015, o governo colocou no orçamento R$ 1,2 milhão para compra de material de consumo e R$ 4,9 milhões para contratar serviços de terceiros. Se o prefeito diminuir 20% destes valores, que são altíssimos, garantirá sem problemas as emendas que irão beneficiar a população a partir da indicação dos vereadores”, reforçou Márcio Oliveira.
REVOLTA
A tentativa do governo de jogar a população contra a Câmara de Vereadores provocou revolta na maioria dos parlamentares. “Esta é uma oportunidade do vereador parar de ficar se humilhando ao prefeito e ter mais autonomia. As emendas impositivas vão dar possibilidade para o vereador realmente fazer alguma coisa e deixar de correr atrás de migalhas”, alertou a vereadora Vera Gama (PHS), que já adiantou que votará contra o veto do prefeito Duque, mesmo sendo da sua base.
Já o vereador petista Sinézio Rodrigues, que também anunciou que vai votar contra o veto de Luciano, cobrou um diálogo entre os poderes legislativo e executivo. “É algo novo que vai acontecer em Serra Talhada, não acredito nas ponderações do prefeito. Acho que temos de dialogar em busca de um acordo. Não estamos propondo nada que venha a prejudicar a população. Muito pelo contrário”, disse Rodrigues.
O vereador petebista Francisco Pinheiro também cobra diálogo com o governo. “Não aparece ninguém para conversar com os vereadores. Não dá para impor”, disse Pinheiro.
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