paulo césarNunca se falou tanto em algarobas como na semana que se passou. Tudo porque a prefeitura, colocou abaixo algumas das mais belas árvores da cidade, que ficavam em frente à FAFOPST. Quem já desfrutou das suas sombras sentirá bastante a ausência delas. No entanto, todo esse imbróglio expõe, mais uma vez, as deficiências da atual gestão municipal.

O problema não é fato das algarobas serem plantas “invasoras” – apesar de que elas se aculturaram ao Sertão e já fazem parte da paisagem regional . A questão é a forma como se deu o fim das árvores, já que a prefeitura se comprometeu em não derrubá-las, sem sem justificativa plausível, colocou abaixo as “invasoras”.

Mais uma vez a gestão Luciano Duque deu sua palavra, e mais uma vez se camuflou, tal qual um camaleão, atrás de argumentos que não atestam nada, para não cumprir o que disse. Se for verdade tudo que a prefeitura disse sobre as algarobas é preciso que se remova todas as que existem na cidade, já que são uma ameaça em potencial, a vegetação nativa e a própria comunidade.

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No entanto, é preciso que se questione qual é o projeto urbanístico e paisagístico feito pelo atual prefeito? Quais serão as plantas que serão usadas para substituir as “invasoras”? Por que alguma iniciativa deve ser feita para repor os benefícios deixados pela árvores, principalmente em uma cidade que nos meses que não chove registra uma baixa umidade relativa do ar, o que causa sérios problemas de saúde, principalmente em crianças.

Em novembro de 2014, por exemplo, o índice que deveria ser de no mínimo 30%, não passou dos 12%. Enquanto um importantíssimo debate sobre o meio ambiente e o futuro da cidade é travado, o prefeito Luciano Duque anda distribuindo sorriso e posando para fotografias ao lado de um modelo de esqueleto humano, o que já não é surpresa, pois ele é chegado a fotos exóticas.MACAMBIRA 4

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Já posou segurando uma pá, um tijolo, fingindo comer um pedaço de macambira, e outros objetos que refletem bem o nível de sua gestão. É bom vê-lo sempre feliz, exibindo um sorriso enigmático, algo que nem o gênio Leonardo da Vinci seria capaz de reproduzir em uma das suas pinturas.

Infelizmente, o prefeito não é chegado a ouvir sugestões, tem repulsa ao contraditório, o que demonstra que ele prefere pagar o preço do insucesso a dividir as glórias com os anônimos. No caso da questão da derrubada das algarobas não seria mais lógico debater com os professores da UFRPE, as maiores autoridades no assunto, o que deveria ser feito a curto e a longo prazo? Saber recuar sobre certos pontos de vista também é sábio e representa um gesto de grandeza.

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Um forte abraço e até a próxima!