Por Adelmo Santos, poeta e escritor de Serra Talhada

leitorFaz 40 anos que eu deixei Serra Talhada, e agora estou de volta na Estação Rodoviária. Estou sentado num boteco o garçom limpando a mesa, pra matar tanta saudade só tomando uma cerveja. Vou relembrando a cidade um filme passa em minha mente, Serra Talhada cresceu tem muitos bairros diferentes.

Eu só vejo a Estação Rodoviária como era antigamente. As paredes encardidas, estrutura ultrapassada, dá pena ver o cubículo que diz ser rodoviária. Os embarques e os desembarques não existem nada iguais, o piso cheio de buracos mostra o desprezo total, deixando a Estação Rodoviária longe de ser cartão postal.

Eu vejo muita hipocrisia, mais parece um terminal de tudo aquilo que seria. Passaram 40 anos não foi feita uma reforma, quando eu estava chegando pensei que estava saindo ao ver a rodoviária do mesmo jeito que eu deixei no dia que eu fui embora.

Construída em 1974 a Estação Rodoviária é o retrato do descaso, quando o ônibus foi chegando foi que eu percebi direito que nela o tempo parou, entrou num sono profundo e nunca mais acordou. Já foi ponto de encontros foram muitos contratempos pra quem chegou e passou e ver como está agora, quem já teve muitas idas e já teve muitas voltas, a Estação Rodoviária ficou parada no tempo que passou e foi embora. O seu espaço é o relento mostrando pros passageiros que é um ponto de memórias e que ficou na história como  “A PARADA DO TEMPO.”