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Ex-ministro da Educação do governo Lula (PT), o senador Cristovam Buarque (PDT) usou a tribuna do Senado Federal, nessa quinta-feira (30), para criticar a presidente Dilma Rousseff (PT) por ter adiado até depois do segundo turno das eleições presidenciais o aumento da taxa de juros para conter a inflação; apesar de considerar a medida necessária no contexto econômico atual.

Defensor da candidatura da ex-senadora Marina Silva (PSB), Cristovam lembrou que ela era criticada pela campanha eleitoral de Dilma, que atacava a independência do Banco Central. O senador disse que Marina foi vítima de uma das manipulações mais vergonhosas da história do País.

Cristovam disse ainda que prevê dificuldades no novo mandato de Dilma, que começaria com “uma tonelada de denúncias” e sob a desconfiança de metade do eleitorado. “Política se faz com pontes que unem as pessoas, os partidos, os políticos na busca de um caminho para o país. As pontes foram detonadas. Claro que vão ser reconstruídas em algum momento, mas vai ter um custo”, alertou.

cristovam-buarqueCristovam Buarque criticou aumento de juro após as eleições

Na noite da última quarta (29), três dias após a vitória de Dilma nas urnas, o Banco Central aumentou a Selic, taxa básica de juros, de 11% para 11,25%. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para conter a inflação. Ela pode encarecer juros cobrados em operações de crédito, como o rotativo dos cartões de crédito e o cheque especial.

Logo após eleita, Dilma se comprometeu a tentar acalmar a desconfiança do mercado e melhorar o ambiente de investimento no País. A presidente deve escolher um novo ministro da Fazenda para substituir o atual, Guido Mantega.