Martelo-da-Justiça2Nesta quinta-feira (26) a sociedade de Serra Talhada programa uma passeata pelas principais ruas da cidade num grande clamor por um pedido de paz. A ideia é sair todos de brancos, palavras de ordem afinados com discursos de paz. Mas é insuficiente. Este comportamento é poético mas não vai servir para muita coisa.

No ano passado, Serra Talhada registrou 36 homicídios e 300 ameaças de morte. Neste ano, já somam quatro homicídios e, segundo o próprio prefeito do município, há uma lista de vinte pessoas marcadas para morrer. Na Capital, setores do jornalismo, de forma sensacionalista, garantem que Serra Talhada se transforma ‘numa cidade fantasma’ quando chega a noite. O que é mentira.

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Agora, ir às ruas clamar pela paz e não cobrar uma posição da Justiça com relação às mortes do ano passado é chover no molhado. O ato só vai servir para fazer fotografias. O governo do Estado está com as mãos sujas de sangue até que dê respostas sobre o paradeiro dos assassinos e dos seus mandantes. A guerra em Serra Talhada é isolada. Isto é um fato.

Quero continuar acreditando que moro na melhor cidade do mundo porque aqui é o lugar que cresci e estou ajudando a construir. Esta é a terra que criei meu filho e vou ver crescer a minha neta. Portanto, pedir paz ainda é muito pouco. Quero Justiça! Aliás, em Serra Talhada, este aparelho deixa muito a desejar. Mas, ir às ruas é preciso. E tenho dito.

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