Mais um fiasco do Governo do Estado vem provocando desconforto em pais, alunos e professores serra-talhadenses. O Processo de Eleições Diretas (PED) para as escolas públicas estaduais não funciona desde 2005, criando espécies de gestões vitalícias na administração de centros educacionais na Capital do Xaxado.

O governador Eduardo Campos (PSB) substituiu a prática democrática da escolha dos diretores escolares através do voto pela indicação. O resultado foi imediato: na maioria dos colégios surgiram “panelinhas” de gestores, que se transformaram em “correia de transmissão” da gestão socialista.

“A coisa funciona da seguinte forma: um gestor que sai indica uma pessoa da sua confiança. A própria Gerência Regional de Educação (GRE) pede ao diretor o substituto com este perfil. Ou seja, vão se criando “panelinhas” em detrimento ao processo democrático”, lamenta o professor Paulo César Gomes, da Rede Estadual de Ensino. As eleições diretas sempre foram uma bandeira de luta do movimento sindical, relembra ele. Entretanto, com a ascensão de Eduardo Campos no cenário político, os sindicalistas praticamente abandonaram a proposta.

Caminho inverso

Até em Serra Talhada o processo de eleição direta nas escolas municipais está em andamento. Neste ano, 23 centros educacionais irão realizar votações com a participação de alunos, pais e professores. A previsão é que o prcesso se realize no próximo mês de maio. “Foi um compromisso assumido pelo prefeito Carlos Evandro com a categoria. Estamos trabalhando o edital em sintonia com a Secretaria de Educação. Mas o anúncio será feito pelo próprio prefeito”, comemora Sinézio Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinstet).