Mais um episódio em torno das obras do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), cujo cronograma está atrasado há 10 meses, se desenrolou no plenário da Câmara de Vereadores, nessa segunda-feira (18). O protagonista foi o líder do governo, Manoel Enfermeiro (PT), que anunciou um novo prazo para o término da sede que está sendo construida às margens da BR-232, em Serra Talhada. Ele rebateu os comentários de que o Samu poderia ir para cidade de Arcoverde.

“Após reunião entre o prefeito Luciano Duque, o secretário de Saúde do Estado, Antonio Figueira e o secretário  municipal de saúde, Luz Aureliano, ficou acertado que o Samu será inaugurado em janeiro”, disse o vereador petista, “alfinetando” o deputado Sebastião Oliveira (PR), que chegou a declarar para o FAROL que Serra Talhada poderia perder o Samu por falta de aporte financeiro da prefeitura.

“Tem pessoas que torcem para que o Samu não fique em Serra Talhada e fica torcendo pela cidade de Arcoverde. Mas o Samu vai ficar. Isto é uma realidade”, disparou Manoel Enfermeiro, durante discurso  no plenário da Câmara. Este é o terceiro prazo dado pelo governo para inaugurar o Samu.

ANÁLISE

O imbróglio envolvendo o Samu ainda tem muitas perguntas sem respostas. A obra é tripartite e foi denunciado pelo deputado Sebastião Oliveira que Serra Talhada poderia perder a órgão uma vez que a prefeitura não teria feito o seu dever de casa.

A contrário do que costuma fazer, o governo preferiu não se pronunciar sobre o assunto para rebater a denúncia de Sebastião, deixando a dúvida no ar, se teria ou não entrado com a sua parte algo em torno de R$ 250  mil. Ainda na segunda-feira (18) o prefeito Luciano Duque foi entrevistado por uma rádio local e preferiu traçar um “céu de brigadeiro”.

Duas opções estão postas na mesa para esta terça-feira (19): o prefeito Duque vai ocupar alguma rádio para dizer que tudo foi resolvido e negar a falta de dinheiro ou emitir uma nota culpando, mais uma vez, a imprensa por ter dado publicidade ao fato. A tática de Duque é aparecer como o grande “salvador da pátria” de um problema que se estende há dez meses.