Estão previstos incentivos para a fixação de médicos em lugares onde há carência de profissionais, como a periferia das grandes cidades e os municípios do interior. A contratação de médicos estrangeiros sem passar pelo Revalida — o exame obrigatório pelo qual os profissionais formados no exterior precisam fazer para atuar no Brasil — é motivo de atritos entre o governo federal e as entidades médicas.
A flexibilização da entrada deses profissionais encontra forte oposição do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e da Associação Médica Brasileira (AMB). Como parte do esforço para vencer essa resistência, a presidente afirmou que a prioridade seria dada aos médicos brasileiros.
— Sempre ofereceremos primeiro aos médicos brasileiros as vagas a serem preenchidas. Só depois chamaremos médicos estrangeiros. Mas é preciso ficar claro que a saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses — disse Dilma, em 24 de junho.
Os médicos de fora só poderão trabalhar em áreas onde o SUS tem carência de profissionais, e apenas na atenção básica da saúde, sem poder realizar procedimentos mais complexos, como cirurgias. A obrigatoriedade do Revalida continuará valendo para o profissional que quiser ter a liberdade de atuar em qualquer área do país.
(O Globo)