Do Diario de Pernambuco 

Os desdobramentos do clássico Brasil x Argentina, suspenso no último domingo (5/9), ganharam mais um episódio na quarta-feira (9/9). A polêmica da vez ficou por conta da invasão de hackers argentinos ao portal da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde colocaram uma bandeira do país, com mensagens provocativas em alusão à partida que foi interrompida próxima aos cinco minutos de jogo. A ação não comprometeu dados, mas tirou temporariamente do ar o formulário de Declaração de Saúde do Viajante (DSV).

“Anvisa, não ficamos de quarentena para passar por seus servidores: vão nos expulsar também?”, dizia a mensagem ao centro da página junto à bandeira argentina. O incidente ocorreu entre 15h35 e 17h10 da quarta-feira e interrompeu o preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante, documento obrigatório para estrangeiros que desembarcam nos aeroportos do Brasil.

Em nota, a agência informou que a invasão dos hackers não comprometeu nada além do visual da página. “Esclarecemos que o ataque foi do tipo defacement (modificação de estética da página web), não havendo, portanto, alteração de dados e impacto nos demais sistemas da Agência”, explicou.

Assim que a invasão foi detectada, a área de segurança digital da Anvisa entrou em contato com os órgãos de segurança do Governo Federal para que fossem tomadas as ações cabíveis.
A ação cibernética aconteceu três dias após a suspensão do clássico entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias da Copa. Na ocasião, a Anvisa identificou irregularidades na chegada de quatro jogadores argentinos a São Paulo. A agência entrou em campo e impediu o andamento da partida. Emiliano Martínez, Cristian Romero, Giovani Lo Celso e Emiliano Buendía deveriam ter cumprido quarentena obrigatória por terem passado no Reino Unido antes de desembarcar em solo brasileiro.
Com a suspensão do jogo, cabe à Fifa, entidade máxima do futebol, decidir o que será feito com os pontos da partida válida pela classificatória para a próxima edição da Copa do Mundo, que acontece no Catar, em 2022.